Obuseiro Pack Howitzer
No final da primeira metade da década de 1920, o Exército dos Estados Unidos (US Army), buscava modernizar sua força de artilharia iniciando o desenvolvimento de inúmeros conceitos que culminariam em projetos de novas armas de artilharia de campo e campanha. Uma destas demandas buscava a adoção de um obuseiro de pequeno porte com calibre de 75 mm de peso leve que pudesse facilmente ser movido em terrenos difíceis. O projeto foi iniciado no ano de 1927, sendo concluído rapidamente, com o primeiro protótipo sendo enviado para testes no inicio do ano seguinte. Este programa de ensaios resultaria em excelentes e promissores resultados, no entanto a partir de 1929 uma grande crise a crise econômica iniciada com a quebra da Bolsa de Valores, se abateria sobre os Estados Unidos. Entre cenário levaria ao imediato contingenciamento de todo o orçamento militar, adiando assim entre tantos projetos, o início da produção deste novo obuseiro, que recebera a designação oficial de “M1 75mm Howitzer Pack”. Este programa só seria repensando em fins da década de 1930, quando o avançar das tensões políticas na Europa, começaram a causar preocupações junto ao governo norte americano, levando ao reposicionamento estratégico de suas prioridades de investimento. Entre todos as propostas analisadas, deferiu-se por priorizar a produção de peças de artilharia de maior calibre, com o programa “M1 75 mm Howitzer Pack”, recebendo parcos recursos, o que limitaria a sua produção em série para apenas 91 peças, com a entregas ocorrendo até agosto de 1940. Porém o observar das táticas alemães que apregoavam uma guerra de alta mobilidade levariam a reorientação das opções de produção de peças de artilharia, passando a considerar equipamento de menor peso, que apresentasse mais facilidade de movimentação (incluindo a opção de aerotransporte) e operação. Neste novo contexto o “M1 75 mm Howitzer Pack”, se encaixava perfeitamente, levando a decisão de produção em larga escala a partir do final do ano de 1940.
Os primeiros obuseiros “M1 75 mm Howitzer Pack” produzidos em série, foram montados inicialmente sobre o reboque padrão M1, apresentando estas rodas de madeira, com o objetivo de reduzir ainda mais o peso final do conjunto. Esta definição era embasada no conceito original do projeto, que previa o transporte do equipamento principalmente, sobre o dorso de animais de carga como mulas ou cavalos. Porém devendo atender as especificações para ser aerotransportado ou lançado de paraquedas, o reboque original M1 passou a ser substituído pelo novo modelo M8, que estava equipado com rodas convencionais e pneus de borracha. Basicamente esta nova peça de artilharia, consistia em um sistema composto por tubo e culatra, que eram unidos por roscas interrompidas, permitindo a rápida montagem e desmontagem. Um oitavo de um turno era necessário para conectar ou desconectar o tubo e a culatra. O tubo tinha uniforme, direito rifling com um turno em 20 calibres. A culatra era do tipo deslizante horizontal, com mecanismo de disparo de tração contínua, o sistema de recuo era do tipo hidropneumático, tanto o amortecedor de recuo quanto o recuperador estavam localizados sob o cano. Para o lançamento aerotransportado, todo o conjunto podia ser dividido em nove cargas de paraquedas, sendo que a última incluía 18 cartuchos de munição de 75 mm. Após lançado por aeronaves Douglas C-47 ou descarregado em solo por planadores Wacco CG-4, a arma poderia ser facilmente montada e movida. Já em operação, uma equipe de 6 soldados bem treinada conseguia realizar de 3 a 6 disparos por minuto com satisfatória precisão, apenas como ponto negativo seu curto canhão proporcionava um alcance limitado máximo de 8,7 km.
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